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Identidade e resistência: Dia da Consciência Negra no Quilombo Campo Verde

Beleza, coletividade, território, identidade. Palavras que resumem o dia da Nacional da Consciência Negra na Comunidade Quilombo Campo Verde e onde o deputado Bordalo esteve celebrando a luta e resistência do povo negro.

Localizada a 40 quilômetros do centro de Concórdia do Pará, a comunidade reuniu alunos, professores, mães, pais, lideranças da comunidade e representantes da Prefeitura para participar da data que homenageia Zumbi dos Palmares, um dos maiores símbolos da resistência negra no Brasil.

O evento foi realizado em frente da escola, em reforma pela Secretaria Municipal de Educação, e onde estudam mais de 365 alunos entre o ensino fundamental maior e ensino médio. A programação foi regada de músicas, atividades de valorização da beleza e identidade negra como traças feitas nos cabelos e desfiles de moda de crianças, jovens e adultos.

José Francisco, vice-presidente da Associação Remanescente de Quilombo Nova Esperança de Concórdia do Pará (ARQUINEC), conta que vivem na comunidade cerca de 315 famílias ainda com seus costumes e mantendo suas culturas no território titulado e reconhecido pela Fundação Palmares como uma comunidade quilombola.

“Para nós a atividade de hoje [20] é de resistência e organização. Nós somos a continuidade da luta se Zumbi, por isso nós não trabalhamos a consciência negra só no dia 20 de novembro, mas todos os dias nas nossas escolas, fazendo valer a educação quilombola”, pontua.

José fala ainda orgulhoso que 30 alunos da escola ingressaram na universidade pública. Uma conquista que reverbera para toda a comunidade, incentivando mais crianças e jovens a seguir caminhos e ocupar espaços, antes privilegiados.

A pesquisa, “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, divulgada pelo IBGE mostra que, pela primeira vez, o índice de alunos pardos e negros matriculados em universidades públicas brasileiras superou a taxa de alunos brancos, alcançando 50%, resultado de ações de políticas afirmativas para a inclusão da população negra no ensino superior, implementados na era PT.

O deputado Bordalo destacou que o país vive um período intenso de desmantelamento e retrocessos de direitos do Governo Bolsonaro, de entrega de territórios e exploração de recursos naturais, mas enfatizou que o dia 20 de novembro é o dia de “para nós darmos a mão um para outro e para outra e mais uma vez firmamos e reafirmamos os nossos compromissos e propósitos”.

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