Como se previa houve um aumento no número de acidentes graves nas estradas federais brasileiras após a retirada de radares e o deputado Bordalo (PT-PA) se pronunciou nesta terça-feira (26) na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado Pará, no auditório Newton Miranda,
“A conta da retirada de radares para controle de velocidade nas rodovias federais chegou. Como era esperado, o número de acidentes graves, em que há mortos ou feridos, subiu nos sete primeiros meses de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado. Foi a primeira elevação desde 2011, quando o país se comprometeu a adotar metas estabelecidas pela ONU para um trânsito mais seguro”, disse Bordalo.
De acordo com dados anunciados pelo parlamentar da reportagem do jornal O Globo, os acidentes cresceram quase 2%, passando de 10.038, em 2018, para 10.212 este ano. Mais que o aumento em si, preocupa o fato de ter interrompido sequência de quedas desde 2011.
Ainda segundo a reportagem por determinação do presidente Jair Bolsonaro, o governo não renovou o contrato que previa o funcionamento de 2.811 radares nas vias federais, além de ter suspendido o uso de 299 equipamentos móveis e no início do mês havia apenas 439 pardais em operação.
O parlamentar, que preside a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, classificou as medidas do Presidente Bolsonaro de irresponsáveis. “Quando o atual Presidente da República anunciou a retirada de radares das estradas federais eu vim aqui a está tribuna e alertei para os riscos que estava submetendo a população brasileira. A conta está chegando, uma conta macabra, uma conta que tem como base a irresponsabilidade, o pouco a amor pela vida”, declarou.
Bordalo ainda lembrou do projeto de lei enviado pelo presidente sugerindo o fim da multa para motoristas que transportarem crianças de zero a sete anos e meio sem dispositivos de retenção, as chamadas cadeirinhas.
“É outra insanidade. Não se adotou cadeirinha em carro à toa, se adotou por medidas de segurança, de análise criteriosa. Portanto eu venho aqui lamentar que o país esteja infelizmente convivendo com está irresponsabilidade governamental”, concluiu.