Belém caminha para implementação de Clínica Escola de Autismo no Estado

autismo. O centro partiu de um projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Carlos Bordalo em parceria com diversos movimentos e entidades apoiadoras da pessoa com autismo.

O transtorno do espectro autista, o TEA ou autismo refere-se a um distúrbio neurológico que compromete habilidades sociais, comportamentos, fala e comunicação não-verbal. Não há um autismo, mas muitos tipos, por isso ainda existe uma urgência em garantir políticas públicas que assegurem diagnóstico e tratamento adequado com equipe multidisciplinar.

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Segundo Cristina Serra da ONG Amora, de Ananindeua, o principal desafio é o tratamento a crianças e jovens com o transtorno, pois segundo pesquisa realizada pela ONG, junto a 120 famílias, a maioria dos lares com crianças autistas possui renda de até dois salários mínimos.

“O principal desafio é o tratamento. Esse tratamento ele é baseado em terapias que envolvem a intervenção comportamental, o ensino estruturado, o uso de tecnologias assertivas, a capacitação de profissionais tanto da área de saúde quanto da área de educação que se tenha um plano de desenvolvimento individual para cada criança ou jovem com autismo para que sejam trabalhadas as habilidades que ainda não estão instaladas nessa pessoa” afirma Cristina.

Marquinho silva, membro da comissão de direitos humanos e defesa do consumidor da Alepa explica que a ideia do projeto é ser implantado inicialmente na capital.

O deputado Bordalo conseguiu aprovar uma emenda de um milhão de reais. “A gente sabe que esse um milhão não vai conseguir construir a clínica escola, então nosso objetivo para esse ano é utilizar esse dinheiro para implantação do projeto, seja para contratação de pessoal, seja para compra de equipamentos. Uma coisa importante: a ideia dessa primeira escola é em Belém, mas a discussão que estamos fazendo é que tenha pelo menos uma em cada região porque a gente tem percebido que tem crescido a demanda em vários locais do estado então se em Belém já é difícil imagina no interior do estado”

Um dos objetivos da escola é ser referência no tratamento de crianças e jovens com espectro autista para que casos como o da Layse Santos, mãe de Ana Evelyn, não se repitam mais. Ela relata como a falta de informação e do diagnóstico fizeram atrasar o tratamento de sua filha.

“Eu com medo de não fazer esse tratamento desde bebezinha eu acabei não aceitando que minha filha era deficiente, minha mãe não aceitou, ninguém perto de mim aceitou então a gente ficou esperando ‘ah vai passar’ esse sintoma, esse comportamento, essa reação que ela tá tendo vai passar mas na verdade não passou. Eu acho que se ela tivesse começado o tratamento desde bebezinha ela estaria bem melhor. Na verdade eu fiquei com muito medo do tratamento, do remédio controlado, eu nem sabia como era” relata Layse.

Laurinete Cardoso, da ONG Mães Guerreiras de Abaetetuba, é mãe de Guilherme, de 15 anos, diagnosticado com transtorno do espectro autista e conta as dificuldades que passa com o filho pela falta de inclusão social.

“A minha dificuldade não é pelo meu filho ser autista. É pela sociedade não saber incluir, não fazer a inclusão real, não saber respeitar, não promover políticas públicas e não assegurar os direitos do meu filho. E os nossos filhos são diferentes. Eles precisam que a escola passe a respeitar sua diferença e consigam promover uma educação diferenciada para nossos filhos”.

O grupo de trabalho sobre a clínica escola para autistas no Pará já se reuniu com as secretarias de educação, saúde e assistência social, trabalho, emprego e renda para dialogar com as parcerias. O objetivo é que o projeto se transforme numa política de governo e posteriormente numa política estadual.


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