A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) está acompanhando uma série de reuniões com órgãos do Estado para apresentar o projeto Clínica Escola para Autismo, que deve ser implementado ainda em 2019. Na terça-feira (08), foi realizada reunião com Ivete Vaz, secretária de políticas públicas de saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), e ontem (09), foi a vez de levar a proposta à secretária adjunta Ana Paula Renato, da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). No dia 28 de março, o encontro foi com Inocêncio Gasparim, titular da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster).
Flávia Marçal, coordenadora da Projeto TEA, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), explicou que o projeto tem como objetivo promover a formação profissional nas áreas de educação, saúde e serviços públicos em geral, atendimento educacional especializado específico para autismo, com foco no modelo de residência pedagógica, e presença de equipe multiprofissional e multidisciplinar, prestando acolhimento, atendimento e formação à família do autista e suporte especializado e humanizado de assistência social, saúde e cultura para diagnóstico precoce e garantia de políticas públicas.
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A proposta é um sonho para muitos pais e mães com filhos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um dos problemas para quem busca atendimento é a ausência de um centro de referência que reúna políticas públicas que promovam o desenvolvimento de crianças e jovens com autismo.
“Eu sou mãe de uma criança com autismo, e muitas vezes a gente fica naquela peregrinação: atendimento de saúde é num lugar, educação em outro. Então, a proposta é implementar um modelo de referência”, diz ela.
Após a apresentação do projeto, a secretária adjunta da Seduc declarou total apoio à proposta. “A Seduc vai se organizar em relação às informações que foram dadas, temos muitos direcionamentos. Esse foi o primeiro encontro, o que não podemos mais é deixar a situação como está”, declarou.
Em 2017, o deputado Bordalo aprovou um projeto de indicação ao Governo do Estado para a criação de centros de referências para pessoas com TEA. No ano seguinte, o parlamentar garantiu a emenda parlamentar nº 206/18, no valor de R$ 1,5 milhão, para apoio a ações de promoção de direitos da pessoa com autismo, valor que será destinado para implementar a Clínica Escola para Autismo.
No próximo dia 25, quinta-feira, às 9h, no auditório João Batista, da Alepa, haverá uma sessão especial para discutir os pilares e a implementação da Clínica Escola para Autismo. O evento é aberto ao público. Confirme sua presença aqui.