É comum em comunidades rurais a realização de festividades religiosas e folguedos. No Pará, estado que integra a região Amazônica, a diversidade cultural é uma das riquezas do patrimônio nacional, mas em algumas comunidades as tradições culturais, saberes e modos de vida dessas populações ficam comprometidos quando se encontram isoladas. É o caso de comunidades de Vila do Carmo do Tocantins, situada em Cametá, nordeste paraense.
Cametá
A rodovia PA 471, trecho que alcança a PA 151, compreendido entre o município de Cametá, garante acesso a importantes comunidades, entre elas a Vila do Carmo. A rodovia está em péssimas condições e cerca de sete mil moradores da comunidade sofrem com a estrada cheia de buracos e trechos intrafegáveis, o que tem impactado no modo de vida dessa população, pois há dificuldade de escoar a produção dos agricultores rurais e os serviços como transporte escolar e ambulância não conseguem acessar as comunidades, que acabam ficando isoladas e sem seus direitos mais básicos.
Para além do impacto na vida cotidiana os moradores que residem na Vila do Carmo estão preocupados com a realização da festividade religiosa de nossa senhora do Carmo de Cametá e que acontece todos os anos a partir do dia 17 de julho atraindo muitos visitantes. As lideranças temem que a tradição religiosa do interior do município, este ano, possa ser inviabilizada em função da dificuldade de acesso dos turistas para Vila assim como dos próprios moradores.
Atendendo ao apelo das lideranças o deputado Bordalo (PT-PA), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), apresentou moção solicitando ao governador Helder Barbalho e a Secretaria de Estado de Transportes (SETRAN) recuperação da rodovia. O documento foi protocolado nesta terça-feira (18) em sessão ordinária e um ofício será encaminhado ao governo do Pará, à Prefeitura Municipal de Cametá, ao Sindicado dos Trabalhadores Rurais (STTR) e à Câmara de vereadores do município.