Estamos propondo,na Sessão Ordinária desta terça-feira, 03, a criação de uma CPI para combater a violência contra a Mulher.
O Pará é uma terra de contradições, vivemos na maior província mineral do mundo e isto não se traduz em índices de educação que alavanque o desenvolvimento de nosso povo.
Talvez por isso, ainda registramos os altos índices de violência contra a mulher, apontados em matéria publicada no Jornal O Liberal, desse domingo, 1° de maio. A reportagem revela que o número de ligações ao disque 180, denunciando vários casos de violência contra as mulheres aumentou em 78% em 2015, comparado com 2014.
Mais do que os números brutos – foram 3.297 ligações, isto revela apenas que um número maior de mulheres venceu o medo e resolveu denunciar seus agressores. Mas nem de longe revela o universo da violência incrustada na mentalidade dos homens.
O Parlamento precisa dar visibilidade ao sofrimento das mulheres paraenses, instalando uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a violência contra as mulheres no Pará.
Acredito que uma investigação do Parlamento, por meio de uma CPI, possa trazer aos olhos da sociedade paraense casos únicos que demonstrem a monstruosidade deste tipo de violência, tal como foi o recente caso da agressão sofrida pela estudante de medicina que levou dois socos de um suposto lutador de jiu-jitsu dentro de uma boate no centro de Belém, por que ousou recusar o assédio do agressor.