A população de Breves convive há anos com um péssimo serviço de abastecimento de água. Praticamente não há água potável na cidade. Para cobrar uma solução para este sério problema e chamar a atenção das instituições e autoridades competentes, o Movimento pelo Direito ao Uso da Água (MDUA) provocou a Comissão de Direitos Humanos da Alepa.
O último levantamento do Ministério da Cidade, revelou que somente 26,74% da população total do município de Breves tem acesso aos serviços de abastecimento de água potável, enquanto que a média nacional é de 79,54%.
Nossa primeira providência foi convocar os órgãos competentes para uma reunião de trabalho, para esclarecimentos. O presidente da Cosanpa, órgão responsável pelas obras, Luciano Dias, esteve presente na reunião para dar esclarecimentos sobre as obras do PAC I e II, no município, relacionadas a abastecimento de água que, segundo o MDUA, estariam paralisadas e com os cronogramas atrasados.
O presidente da Cosanpa admitiu o atraso por problemas contratuais, mas afirmou que as obras não estão paradas e com 23% concluídas. Luciano Dias garantiu na reunião que serão concluídas entre os meses de maio e julho. O presidente da Cosanpa estava na companhia dos diretores Fernando Martins e Antônio Cristomo.
A Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, SEASTER, também foi representada na reunião por Honorato Cosenza e Araguaci Alves. Eles anunciaram a implantação de sistemas comunitários em 13 bairros de Breves, de forma provisória, como já vem ocorrendo em outros municípios do Marajó. A previsão, segundo Honorato Cosenza, para Breves, só chegará no mês de junho.
Denis Ribeiro, da Sedop, e o líder do MDUA, Zairo Gomes da Costa, também estavam na reunião, considerada produtiva e esclarecedora. A Comissão de Direitos Humanos vai acompanhar, fiscalizar e cobrar efetivamente a conclusão das obras, que vai beneficiar centenas de famílias. Água é um direito de todos, é qualidade de vida.