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Bordalo pede revitalização da Praça Eneida de Moraes em Belém

Praça histórica que dá nome a uma das escritoras paraenses muito reconhecidas no nosso Estado não só pela literatura, mas pela luta política

De autoria do deputado Bordalo (PT),  a moção nº 483/2023, que solicita à Prefeitura Municipal de Belém a revitalização da Praça Eneida de Moraes, localizada no bairro da Pedreira, em Belém.  

Encaminhada por meio da da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), a proposição foi apresentada no dia 25 de abril deste ano durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA).

O deputado Bordalo destaca no documento que os espaços públicos, como praças, desempenham um papel crucial nos grandes centros urbanos e requerem cuidados constantes. Embora a SEMMA esteja trabalhando para garantir as condições adequadas de preservação e integração desses espaços à paisagem urbana, a praça Eneida de Moraes necessita de revitalização para se tornar mais atraente e segura para a população. Não há dúvida de que uma praça bem cuidada, com árvores, áreas de convívio e lazer, promove a socialização das pessoas, especialmente das crianças, além de proporcionar inúmeros outros benefícios.

Bordalo destaca história do bairro que abriga a praça Eneida de Moraes

Com informações do portal O Liberal, antes de se tornar conhecido como o bairro do samba e do amor, a região da Pedreira era chamada de Pedreira do Guamá. Esse nome foi atribuído devido à presença de pedras em seu território, de acordo com a memória popular. O local, atualmente repleto de comércios e residências, passou por uma transformação significativa para se tornar uma referência cultural e política de resistência.

Anteriormente, a área era utilizada como ponto de desembarque de soldados imperiais, que chegavam para combater os rebeldes da Cabanagem. No entanto, ao pensar em como o bairro se tornou o que é hoje, é impossível não lembrar do nome do intendente Antônio Lemos, que desempenhou um papel importante nessa transformação.

O título de “bairro do samba e do amor” foi atribuído à Pedreira pela renomada escritora, jornalista, ativista política, poeta e carnavalesca Eneida de Moraes. Ela enxergava na Pedreira uma região repleta de vitalidade artística, cultura, engajamento político, liberdade e humildade por parte dos moradores menos privilegiados de Belém, que também habitavam bairros como Nazaré e Batista Campos, por exemplo.

A representação simbólica da Pedreira como “bairro do samba e do amor” rendeu a Eneida de Moraes uma homenagem especial: uma praça em sua honra, localizada no encontro das avenidas Pedro Miranda e Alcindo Cacela. Vale ressaltar que Pedro Miranda, cujo nome batiza a principal via do bairro, foi um renomado músico, cantor e ator carioca, também ligado ao samba.

De acordo com o censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o bairro contava com uma população de mais de 69 mil habitantes. Atualmente, é possível observar visualmente que o bairro apresenta disparidades no desenvolvimento urbano, com áreas altamente estruturadas convivendo com regiões ainda precárias.

Eneida de Moraes

Como uma vanguardista revolucionária na literatura, política e Carnaval, as influências da escritora Eneida de Moraes (1904 – 1971) estão profundamente enraizadas na cultura paraense e brasileira. Eneida por meio de seus diversos livros de crônicas, defendia e transmitia a cultura popular, enquanto também lutava por um mundo mais justo e igualitário. 

Com 11 obras publicadas e diversas traduções, Eneida exerceu uma grande influência no cenário literário, conquistando frutíferas amizades com renomados escritores modernistas como Carlos Drummond de Andrade, Dalcídio Jurandir e Graciliano Ramos. Entre seus livros mais famosos encontram-se as coletâneas de crônicas “Aruanda” e “Cão da Madrugada”, bem como a obra autobiográfica “Banho de Cheiro”. Além disso, ela foi pioneira ao abordar o carnaval brasileiro em seu livro “História do Carnaval Carioca” (1958).

Como jornalista comunista e feminista, a escritora paraense jamais recuou diante do lugar que lhe foi designado. Ela era vista como subversiva, uma vez que se envolvia constantemente em greves e manifestações contra o sistema capitalista e o governo de Getúlio Vargas.

Bordalo encaminhou a moção ao conhecimento do Gabinete do Prefeito Municipal de Belém, da Secretaria de Economia (SECON) e da Secretaria de Saneamento (SESAN) de Belém. 


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