CULTURA

Bordalo propõe saberes das “mulheres fazedeiras” de Abaetetuba como patrimônio cultural paraense

O parlamentar apresentou o Projeto de Lei (PL) como iniciativa de valorizar o trabalho artesanal e secular com cuias realizado pelas artesãs

O deputado Bordalo (PT) apresentou à mesa diretora, nesta terça-feira (22), durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA) um  Projeto de Lei (PL) que reconhece como Patrimônio Cultural de Natureza Material e Imaterial as formas de saberes culturais das “mulheres fazedeiras” na comunidade do Rio Xingu e Rio Quianduba, em Abaetetuba, nordeste paraense.

O Projeto de Lei busca valorizar a prática artesanal de produzir cuia das “mulheres fazedeiras” como forma de valorizar a identidade local preservando feitos culturais, invisibilizados, como fundamentais para a preservação da memória e identidade do município, além de incluí-los como patrimônio histórico e cultural do Pará.

De acordo com o artigo 1º da Lei Federal Nº 25/1937, constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.

As Mulheres fazedeiras, possuem formas de saberes culturais herdados de seus ancestrais, inseridos no processo de feitura das cuias a partir das referências do rio, da mata e saberes Amazônicos. São técnicas particulares e saberes que continuam resistindo com o tempo.

Bordalo destaca trabalho feito por mulheres

Um estudo realizado pela pesquisadora Luciana Gonçalves de Carvalho da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) mostra que a feitura das cuias se dá desde o século XVIII. Um registro que comprova a longevidade de um registro cultural que é praticado e executado unicamente por mulheres.

Bordalo destaca a necessidade de preservar este patrimônio cultural, tendo em vista que os saberes estão fugindo dos interesses dos jovens locais. A produção das cuias passa por um rigoroso ritual que, protege acima de tudo, um segredo guardado por séculos sobre a química natural de um complexo trabalho artesanal que usa a tinta do cumaté, a uréia, a areia e o barro, no tingimento e  pretação de cuias na Amazônia.

Além de ser uma forma de geração de renda e sustento às artesãs tem um significado necessário à cultura paraense, já que as cuias são muito utilizadas para servir comidas típicas. A forma de produzir as cuias em suas diversas etapas demonstram a forma de resistência em manter viva uma identidade que se destaca nesse trabalho.


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