Luta Antirracista

Djumbai, um resgate à ancestralidade da Amazônia negra no Pará

Projeto de educação popular e antirracista da UFPA UEPA e que conta com o apoio do deputado Bordalo

Resgatar a ancestralidade, promover o intercâmbio cultural Amazônia e  África e popularizar o Estatuto da Equidade Racial do Estado do Pará é um dos objetivos do Djumbai, projeto que tem sido implementado em 12 comunidades quilombolas de Santana do Capim, no município de Aurora do Pará, através da educação popular com base na filosofia pedagógica de Paulo Freire.

Djumbai significa encontro, convívio, rodas de partilha, ciranda de diálogos e de saberes. É uma palavra de origem crioula, língua nacional na Guiné-Bissau, país da costa ocidental da África, e foi a partir de um encontro de pesquisadores da Universidade Federal do Estado do Pará (UFPA) e Universidade Estadual do Estado do Pará (UEPA) com o mandato do deputado Bordalo, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, que o projeto foi construído. 

“No Pará, grupos de pesquisa da UFPA e da UEPA tomaram a iniciativa de dialogar com o Deputado Estadual Carlos Bordalo, considerando sua reconhecida história na Educação Popular no estado e na Amazônia. Tal iniciativa foi na perspectiva de realizar ações alusivas ao Centenário Paulo Freire, o que foi concretizado e configurou-se como um marco no estado”, explica a professora Jaqueline Freire, docente da UFPA e representante da Rede Internacional de Educação Popular Diálogos com África.

O deputado Bordalo destinou emenda parlamentar no valor de R$150 mil para a implementação do Projeto Djumbai: Educação Popular Antirracista e Cooperação Solidária Amazônia & África. O projeto é de extensão da UEPA e da UFPA e conta com a parceria do Centro de Formação de Profissionais de Educação Básica do Pará (Cefor) da Secretaria de Educação do Estado do Pará – Seduc e a Universidade Licungo (Moçambique, África).

DJUMBAI- EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA 

O projeto Djumbai visa implementar ações formativas, de intercâmbio, de produção de conhecimentos e circulação de saberes com centralidade na articulação da Amazônia com Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e para isso realizará rodas de conversa e formação de Agentes de Promoção da Equidade Racial, a ser implementada e 12 comunidades quilombolas de Santana do Capim, em Aurora do Pará. O projeto também visa a popularização do Estatuto da Equidade Racial, instituído através da Lei Nº 9.341/2021 e que este completou um ano em vigor. 

O Estatuto da Equidade Racial, considerado o primeiro na Região Norte foi um projeto lei desenvolvido pelo deputado Bordalo e o Centro de Estudo e Defesa do Negro (Cedenpa) aprovado na Alepa e sancionado pelo Governador Helder Barbalho, e é a matriz para a Educação Popular Antirracista do projeto Djumbai. 

“As ações propostas do Djumbai vêm ao encontro de vários dispositivos do Estatuto da Equidade Racial, propondo-se assim a ser um instrumento efetivo de colaboração na implementação de ações educacionais, culturais, de garantia e respeito do direito à liberdade de consciência e de crença e ao livre exercício dos cultos religiosos, manifestações culturais, entre outros. A popularização do Estatuto da Equidade Racial é um compromisso do projeto”, explica Freire.

AMAZÔNIA NA GUINÉ-BISSAU

Para além da formação, uma das missões do projeto Djumbai é o intercâmbio e diálogo da Amazônia com a África. Os professores Dr. João Colares Mota Neto e Dr. Pedro de Carvalho Pontual, membros da Rede Internacional de Educação Popular Diálogos com África e da Coordenação do projeto Djumbai estão em Guiné-Bissau para fomentar a cooperação solidária Amazônia e África, no contexto do debate sobre Educação Popular Antirracista.

Para o professor Colares a “perspectiva da Rede e do Projeto Djumbai é o fortalecimento da cooperação solidária, num contexto em que o Brasil a partir de janeiro de 2023, com a posse do Presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva, vai se recolocar no cenário internacional e a sua política externa terá muito de sua centralidade com países do Sul global, com especial atenção para a África e América Latina”.

Colares e Pontual viajaram para Guiné-Bissau nesta segunda (14) e permanecem até o próximo sábado (26). 


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