O Pará em estado de Sítio

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Por Carlos Bordalo

Somente este ano, foram assassinadas mais de 1.400
pessoas no Pará. São números de sexta-feira passada, faltando ainda incluir os
19 mortos do último final de semana.

Entre esses crimes, assassinatos bárbaros: a morte de uma
criança de oito anos, Ana Carolina, numa festa de aniversário; de dois jovens,
um no sábado, o universitário Lucas Costa e o outro na madrugada de hoje, Lucas
Menezes, encontrado morto dentro do carro na frente de um condomínio de alto
luxo na avenida centenário.

Para piorar, o Bom dia Pará de hoje também traz a notícia
da descoberta de mais um túnel no Centro de Recuperação Preventiva em Santa
Izabel, e o  baleamento de um rapaz, ontem,
dentro de um coletivo. O vídeo desta ação criminosa esta na internet.

As soluções parecem estar fora do alcance da gestão
estadual, dada a inoperância da SEGUP e a teimosia em insistir em algumas
falsas premissas, como a de que não existem milícias ou facções criminosas em
atuação no Pará.

Enquanto isso, o inquérito que apura as mortes
patrocinadas por policiais militares na Terra Firme vai completar sete meses e
nenhum envolvido foi identificado. Não é possível que as apurações continuem em
andamento, que os exames periciais ainda não tenham sido concluídos. O que está
havendo? Por que não se tem nenhuma explicação desta chacina? 
Vai passar em branco,
como a Chacina do Tapanã?

A verdade é que o Estado está omisso, não tem política de
habitação para policiais militares, que tira o policial do convívio com os
marginais nas áreas de risco e poupa a vida dos PMs. Não deu sequer um passo
para estruturar o sistema de Audiências de Custódia, que ajudaria a evitar as
rebeliões e as fugas das casas penais.


O Estado não deu sequer um passo para viabilizar o
Patronato Estadual, que é uma forma de monitorar o egresso do sistema penal,
apoiando-o na sua reinserção na sociedade, diminuindo, assim, a reincidência. Hoje, 80% dos que saem da prisão voltam a cometer crimes.
O governo do Estado não deu um passo para fechar as
inúmeras bocas de fumo na capital. Todo mundo sabe onde estão, inclusive a PM e
a Policia Civil.

Vamos esperar como vem e que respostas vão trazer os titulares
da Segurança Pública do Estado, na Sessão Especial que convoquei em conjunto
com o Deputados Lélio Costa e Iran Lima, para o dia 11 de junho, às 14h.

Vamos ver o que os emissários do governador trazem de
resposta, porque não adianta dizer que apreenderam 900 armas este ano, se os
assassinatos continuam aumentando. Vão ter de explicar porque não apreenderam o
triplo das armas pelo menos.

Vão ter de explicar, também, porque é tão fácil cavar
tuneis em casas penais. Será que o número de agentes prisionais é suficiente ou
a SUSIPE virou um cabide de empregos?

Quantos policiais militares estão cedidos a Órgãos Públicos,
quando poderiam estar nas ruas? 
Qual é o planejamento de incorporação de praças
e oficiais por concurso público, até que se chegue a um nível satisfatório de,
pelo menos, 23 mil policiais militares, que é o recomendado pela ONU?

As expectativas da população pelo início do Governo
Jatene são enormes, mas agora ele está comprometendo a vida das pessoas por sua
omissão.


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