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Medalha Paulo Frota de Direitos Humanos é entregue a diversos movimentos, na Alepa

“A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter
direitos”, escreveu a filósofa alemã Hannah Arendt. O Deputado
Estadual Bordalo lembrou da assertiva, durante sessão solene da outorga da
medalha Paulo Frota de Direitos Humanos, na tarde desta quinta-feira (15), na
Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), em Belém, que homenageou mais de 40
pessoas e entidades que têm papel fundamental para a consolidação desses
direitos no estado e também no Brasil.

“A essência dos direitos humanos  é o direito à vida.
Hoje, no Pará,  os fatos estão dando cada vez menos espaço aos que
necessitam da garantia de seus direitos. O Brasil, que já é marcado pela desigualdade
social, tende a piorar com a aprovação da Pec 55. Discute-se a aprovação da
terceirização sem limites no Brasil, o que incentiva a exploração trabalhista.
Discute-se a transferência para o parlamento sobre a diminuição de titulação de
terras para os indígenas, o que se choca com os interesses e os direitos dos
índios. Com a extinção da ouvidoria do Incra, o povo do meio rural ficará sem
voz. Nós (deputados, representantes de instituições e órgãos ligados aos
direitos humanos), juntos, seremos capazes de vencer estes retrocessos”,
disse.

O movimento Ocupar a República, coletivo criado em março deste ano
para luta política, foi repesentado pela cientista social Mariana Ximenes.
“Somos atifacista e suprapartidário, acolhemos pessoas de movimentos tradicionais
e coletivos mais recentes. A proposta fixa é encontro na Praça da República, no
sentido duo de marcar o lugar ocorrem  os encontros e no sentido amplo da
palavra, entendo que precisamos ocupar os espaços da política”, comentou.

“Para nós é muito importante receber hoje esse
reconhecimento. Começamos aglutinando muitas pessoas, estamos participando de
vários movimentos e lutando contra uma série de quebras de direitos que estamos
tendo, em todos os níveis federal e estadual”, disse Mariana Ximenes. 

O coordenador da Associação de Moradores do bairro do Benguí,
Charles Aviz, representou a entidade criada há 36 anos, e comemorou o
recebimento do mérito. “Essa homenagem fortalece a luta daqueles que
querem e sonham com uma sociedade melhor, sem violência e com garantia de
direitos”, disse. Ele acrescentou ainda que hoje batalham por uma luta
específica: a reforma da escola Maria Luiza, que há 20 anos não passa por
melhorias de infraestrutura. 

A professora Socorro Raiol, moradora do Benguí, também destacou a
importância da luta da comunidade. “Queremos buscar melhorias para todos.
E só quem está lá é quem sabe o que se passa”, comentou.

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