O deputado Carlos Bordalo (PT) fez pronunciamento, em sessão ordinária, na manhã desta terça feira (16), alertando que as indústrias paraenses registram queda na produção no mês de março de 2017, em comparação com o mesmo período de 2016, conforme aponta pesquisa realizada pelo IBGE e divulgada na última terça feira (09).
Essa taxa negativa registrada pela pesquisa coloca o Pará em 4º lugar entre os Estados avaliados com o pior desempenho, perdendo apenas para Amazonas, Bahia e Ceará. O deputado Bordalo ressalta que a abundância mineral contrasta com o crescimento econômico e com o desenvolvimento social do Estado “Nesta perspectiva, a pesquisa nos chama atenção para algo que já sabemos. A superexposição do Estado ao extrativismo mineral e a baixa diversificação de sua indústria são grandes empecilhos ao crescimento econômico do Pará”, disse.
Desemprego
À medida que cai o desempenho da produção extrativista mineral no Pará, aumenta em escalada o desemprego. Desde março de 2016, já foram registrados cerca de 38 mil vagas fechadas no saldo entre admissões e demissões. E só no mês de março de 2017, desapareceram 3,3 mil empregos.
Além disso, os planos de reestruturação do atual governo federal têm ligação direta com o aumento de desemprego no país, como é o caso do fechamento de agências bancárias. Somente o Banco do Brasil fechou 402 agências bancárias, desde novembro de 2016, deixando 10 mil trabalhadores desempregados.
Para o deputado Bordalo, é necessário buscar uma forma de desenvolvimento sustentado para o Estado. “É preciso criar uma dinâmica econômica territorializada com condições de se manter no decorrer do tempo, capaz de gerar outras alternativas frente às adversidades do mercado e a má gestão de governos, sem ver suas bases de sustentação ameaçadas”, afirma. “Uma estrutura diversificada e baseada em recursos locais se apresenta, assim, como uma alternativa apropriada para fazer frente ao desempenho instável dos mercados nacionais e internacionais”, finaliza.