Comissão de Direitos Humanos da Alepa investiga morte de líder de assentamento no interior do Estado

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Parlamentares que integram a Comissão de Direitos Humanos
(CDH) da Assembleia Legislativa do Pará, realizaram na quinta-feira (25/02),
uma diligência aos municípios de Brejo Grande do Araguaia e São Domingos do
Araguaia. Em pauta, o recolhimento de informações sobre as circunstâncias que
causaram o assassinato de Luiz Antônio Bonfim, líder do assentamento Araguaia,
localizado na vicinal Tabocão, em Brejo Grande.


A delegação foi coordenada pelo presidente, deputado Carlos
Bordalo (PT); com as presenças do vice, deputado Lélio Costa (PCdoB); deputado
Jaques Neves (PSC), membro; e pelo deputado João Chamon (PMDB), convidado da
Comissão, por ter atuação política destacada na região. Paulo Fonteles Filho,
coordenador do Comitê Nacional da Verdade no Pará, também acompanhou os
deputados nas reuniões. O deslocamento oficial da comitiva foi oficializado
após aprovação de requerimento de autoria do deputado Lélio Costa, pedindo a
intervenção da CDH no caso.


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“As informações recolhidas servirão para produzir um
relatório com sugestões e recomendações ao Estado (Governo e Judiciário) com
medidas para coibir a violência, produzir a paz, assegurando que a democracia e
o direito ao livre exercício da atividade política e da atividade social das
organizações populares sejam garantidos”, afirmou o deputado.



Em Brejo Grande, os deputados reuniram-se com lideranças na
cidade e no assentamento em que Luís Bonfim era líder respeitado. “Sempre nos
defendeu, demonstrando coragem e dedicação pela nossa causa”, informou Cleone
Alves de Souza, coordenador atual do assentamento Araguaia.


Já em São Domingos do Araguaia, foi feita uma audiência
pública na Câmara Municipal, que estava completamente lotada, com a presença de
moradores e autoridades locais. O delegado da Polícia Civil, responsável pelo
inquérito, Vinicius Cardoso das Neves, falou publicamente sobre as
investigações e diligencias que estão sendo feitas, informando ainda que onze
testemunhas já foram ouvidas. Acompanhado ainda pelo delegado Marcelo Delgado
Dias, superintendente da Policia Civil de Marabá, reuniram após a sessão, a
portas fechadas com os deputados.


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Para o deputado João Chamon (PMDB), a impunidade ainda é
grande. “Estou aqui como convidado da Comissão de Direitos Humanos da
Assembleia, observando as investigações sobre o assassinato do Bonfim, exigindo
celeridade na apuração e acompanhando toda a situação que envolve a disputa de
terras aqui em nossa região”, disse.



“A nossa iniciativa, enquanto parlamentares, foi fazer com
que o Poder Legislativo do Estado possa acompanhar as investigações destes
crimes de encomenda, que na sua maioria, está relacionado com conflitos pela
terra, não podemos deixar que a impunidade seja útil à criminalidade”,
justificou o deputado Lélio, autor do requerimento pedindo o deslocamento da
Comitiva. Para ele, a iniciativa veio na tentativa de frear as graves, inúmeras
e recorrentes violações de direitos na região.


Para o deputado Jaques Neves (PSC), membro CDH, as
comissões fazem parte do parlamento e o legislativo, por ser a representação do
povo, precisa ir onde o povo está, onde o problema está acontecendo. “Estivemos
in loco, averiguando, ouvindo depoimentos, colhendo informações para a produção
de propostas para que o Estado, o governo e a sociedade possam fazer as
mudanças necessárias para impedir a violência e a impunidade”, disse.

O CASO – Luís Bonfim foi assassinado – com seis tiros
que lhe acertaram a cabeça – no dia 13 de fevereiro deste ano, quando comprava
pão em uma padaria próxima a residência dele,  em São Domingos do
Araguaia. “Uma execução, pelos relatos até agora conhecidos, um crime de mando,
encomendado”, considerou o deputado Bordalo. Bonfim, ainda era presidente
municipal do PCdoB na cidade e pré-candidato a vereador.


O assentamento Araguaia existe desde 2009, em terras que
envolvem três fazendas: Três Poderes, localizado em Brejo; Consolação (Brejo);
e Santa Maria (Palestina do Pará), originalmente de propriedade do fazendeiro
Valderey Fernando e, hoje, nas mãos de herdeiros. A área em questão está em
processo de desapropriação pela reforma agrária junto ao governo federal.

MAIS VIOLÊNCIA- Os parlamentares ouviram ainda
denúncias de outros crimes e solicitação de apuração. O que mais chamou a
atenção foi o relato sobre o assassinato de uma garota de dez anos encontrada
carbonizada, morta por asfixia. O caso ocorreu em novembro do ano passado e os
principais suspeitos de cometerem o crime são a mãe e o padrasto, presos
provisoriamente.
“Ouvimos a família de Maria Eduarda, um caso escabroso,
que provocou comoção social, que também, vamos acompanhar com cuidado e carinho
para que este caso seja elucidado para trazer tranquilidade à população de São
Domingos do Araguaia”, disse o deputado Bordalo.

Texto: Carlos Boução/ AID Alepa


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