O deputado estadual Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Alepa, protocolou nesta terça-feira (09), por meio de sua assessoria, moção solicitando à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social e ao Ministério Público Estadual celeridade no inquérito que apura as causas da queda de parte da terceira ponte da Alça Viária. O parlamentar também pede que sejam estendidas as investigações para avaliar os possíveis danos ambientais provocados pelo acidente.
Parte da ponte do complexo Alça Viária, que faz a ligação entre Belém e diversas cidades do interior do Estado, caiu na madrugada do último sábado (6), no Rio Moju. Uma balsa que transportava irregularmente rejeitos de dendê colidiu contra um dos pilares de sustentação da ponte e causou o desabamento de cerca de 200 metros da estrutura, que possuía 860 metros de comprimento e 23 de altura. Com a batida, quatro pilares caíram. É possível ver no local o rastro de destruição e restos da estrutura que foi danificada.
Diante do ocorrido, o deputado Bordalo, primeiramente, parabenizou o Governo do Estado pela assinatura do decreto de situação de emergência, publicado extraordinariamente no domingo (7), para dar celeridade aos trâmites legais das ações necessárias para o enfrentamento do problema, que trouxe enormes prejuízos ao Estado, especialmente, à população.
Com a queda da ponte, a procura da população pelo transporte hidroviário aumentou. O impacto já é sentido desde o último domingo, com a formação de enormes filas nos portos do Arapari em Belém e Barcarena. Bordalo solicita que o Governo garanta todas as medidas, em caráter de urgência, para atender à população e para a reconstrução da ponte, principalmente para impedir que novas tragédias ocorram.
Com relação à contaminação dos rios, apesar de a Capitania dos Portos informar que já fora providenciado barreira de contenção na área para minimizar os possíveis impactos causados pelo vazamento de óleo e que a carga da balsa (resíduo de dendê) não apresentaria, a princípio, risco de contaminação, é necessário que se realize um estudo mais aprofundado, reforçando, inclusive, um alerta sobre estes possíveis riscos na região.