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Ações em Soure e Concórdia do Pará estão sob suspeita

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e também a bancada do PMDB vão cobrar providências das Polícias Civil e Militar e do Ministério Público do Estado sobre as manifestações violentas que têm ocorrido nos municípios paraenses de Soure e Concórdia do Pará nas últimas semanas. O presidente da Comissão, deputado Carlos Bordalo (PT) e o líder da bancada do PMDB, deputado Parsifal Pontes, condenam principalmente a conduta, diferenciada possivelmente por questões políticas, do MPPA nos dois casos.
Nas duas cidades, as movimentações revelam uma insatisfação com as administrações, sendo que a de Soure é do PT, e a de Concórdia é do PSDB. “A primeira já tem mais de duas semanas, envolveu depredação em casa de prefeito e de vereadores e até agora ninguém foi preso – sendo que há uma inclinação do MPPA de inclusive intervir na gestão, afastando o atual prefeito, João Melo. Já na situação de Concórdia, ocorrida no sábado, 14, que foi muito pior, reunindo cerca de três mil pessoas protestando contra uma ação da Polícia Militar, que resolveu agir como fiscal e recolher motos nas ruas, só as devolvendo no quartel e em troca de dinheiro e de farinha, em 24 horas o Ministério Público não só agiu como providenciou a prisão de três vereadores, todos da base de oposição ao prefeito tucano Antônio Maranhense.
Por que a conduta do MP é tão diferente quando se trata de um prefeito do PSDB? Essa é a pergunta a se fazer”, afirmou Bordalo. “Fizemos diligências, faremos outras ainda no mês de junho e concluiremos um relatório cobrando providências às autoridades que podem responder sobre o assunto”, adiantou.“São procedimentos que não podemos aturar, tanto o ocorrido em Soure quanto o ocorrido em Concórdia, mas a questão aqui é a forma como o governo do Estado tratou a questão, e não foi de forma política. Filmaram os atos de Soure, os envolvidos, e tudo foi entregue à Polícia Civil, mas ninguém foi preso até agora. A bancada do PT pediu ajuda ao governador do Estado, Simão Jatene, e nada. O tratamento dado, também pelo Ministério Público, não é judicial, é político, e a bancada do PMDB irá se manifestar contra isso”, avisou Parsifal Pontes.
RESPOSTAS
A reportagem do DIÁRIO entrou em contato com a assessoria de imprensa do MPPA por telefone e e-mail pedindo posicionamento, mas não obteve retorno. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) também foi contatada e a resposta veio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, informando que “está dando a mesma importância nas investigações de cada caso. São casos diferentes de vandalismo. Em Soure, as investigações mostraram que o vandalismo foi cometido por um grupo de pessoas contra propriedades de políticos da cidade. Já em Concórdia do Pará, foram políticos os responsáveis por incitar os atos de vandalismo”. 
Fonte: Diário do Pará

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