O
pistoleiro Lindonjonson Silva Rocha, condenado a cumprir 42 anos de prisão em
regime fechado, pelo assassinato do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro
e Maria do Espírito Santo Silva, fugiu da penitenciária Mariano Antunes de
Marabá, onde cumpria a pena estabelecida em julgamento ocorrido em 5 de abril de
2013.
Protocolei uma Moção junto a Mesa Diretora da Alepa, exigindo da Secretaria de Segurança Pública e do Sistema Penal do Estado esforços para a recaptura de Lindonjonson Silva Rocha, bem como seja aberto procedimento de apuração das responsabilidades sobre a fuga empreendida pelo detento.
A direção da penitenciária, agindo de forma
totalmente ilegal e irresponsável, autorizou o condenado a participar de
atividades na ala reservada aos presos do regime semiaberto. Nessa ala, não há
segurança reforçada e, no momento em que Lindonjonson empreendeu fuga, havia
apenas um agente prisional, para fazer a segurança de vários detentos. Nenhum
policial militar se encontrava no local.
pistoleiro Lindonjonson Silva Rocha, condenado a cumprir 42 anos de prisão em
regime fechado, pelo assassinato do casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro
e Maria do Espírito Santo Silva, fugiu da penitenciária Mariano Antunes de
Marabá, onde cumpria a pena estabelecida em julgamento ocorrido em 5 de abril de
2013.
Protocolei uma Moção junto a Mesa Diretora da Alepa, exigindo da Secretaria de Segurança Pública e do Sistema Penal do Estado esforços para a recaptura de Lindonjonson Silva Rocha, bem como seja aberto procedimento de apuração das responsabilidades sobre a fuga empreendida pelo detento.
A direção da penitenciária, agindo de forma
totalmente ilegal e irresponsável, autorizou o condenado a participar de
atividades na ala reservada aos presos do regime semiaberto. Nessa ala, não há
segurança reforçada e, no momento em que Lindonjonson empreendeu fuga, havia
apenas um agente prisional, para fazer a segurança de vários detentos. Nenhum
policial militar se encontrava no local.
O
mais absurdo dessa história é que, meses antes, o juiz da 7ª Vara de Execução
de Marabá, informou ao diretor da penitenciara, através de despacho assinado,
que “não existia qualquer benefício a ser concedido ao preso“,
pois, ele só poderia progredir para o regime semiaberto em 02 de setembro de
2028. Mesmo assim, a direção do presídio autorizou o pistoleiro a ir à área do
semiaberto, de onde fugiu no dia 15 de novembro.
Devido
às constantes ameaças aos familiares do casal de extrativistas que ainda
residem no interior do assentamento, meses atrás, o Ministério Público requereu
ao juiz da Vara de Execução, que autorizasse a transferência de Lindonjonson
para uma penitenciária de segurança máxima, localizada fora do Estado do Pará.
Antes da decisão do Juiz, o pistoleiro fugiu.
O
descaso da Segurança Pública do Estado do Pará, em relação a esse caso, é
flagrante. José Rodrigues Moreira, acusado de ser o mandante do crime, está com
prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará, desde o
dia 08 de agôsto desse ano. José Rodrigues continua circulando regularmente
pelo assentamento onde o casal foi assassinado, sem que sua prisão seja cumprida
pela Polícia Civil do Pará.
Não
é a primeira vez que pistoleiros encontram facilidades para fugirem da
penitenciária Maria Antunes. Em 14 de março de 2000, o pistoleiro Barreirito,
condenado pelo assassinato do sindicalista Expedito Ribeiro, de Rio Maria, saiu
pela porta da frente da penitenciária. Em 2010, o pistoleiro Valdir Vieira, que
assassinou o sindicalista Soares da Costa filho, de Parauapebas, não teve
dificuldades para fugir da mesma penitenciária. Agora, foi a vez de
Lindonjonson, condenado pelo assassinato dos ambientalistas José Claudio e
Maria.
As
sucessivas fugas deixam claro que a
penitenciária Mariano Antunes não oferece qualquer condição para que assassinos
de crimes de mando cumpram pena ali, devido ao elevado nível de corrupção de
muitos dos responsáveis por aquela instituição. Esse estado de
impunidade e de corrupção tem sido uma das principais causas da continuidade da
violência no campo no Pará, principalmente nas regiões sul e sudeste, onde,
apenas em 2015 ocorreram 20 assassinatos de trabalhadores e outros 30 estão
ameaçadas de morte.