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Prefeito de Barcarena depõe em CPI nesta segunda-feira (21)


A audiência pública da CPI Barcarena, marcada para a próxima segunda-feira (21), no município, será realizada em nova data, ainda não definida. Em reunião administrativa, na última terça-feira (15), os deputados decidiram pelo adiamento do evento e aprovaram, para o dia 21, a oitiva de outros oito depoimentos de testemunhas, entre elas, o prefeito de Barcarena, Antônio Villaça. As oitivas começam às 10h, no Auditório João Batista, da Alepa, com transmissão ao vivo pela TV e Rádio Alepa (www.alepa.pa.gov.br), e devem prosseguir durante todo o dia. 

Nesta, que será a 11ª oitiva da CPI, serão ouvidos o prefeito de Barcarena, Antônio Villaça; a jornalista Priscilla Brasil, autora de um documentário sobre a contaminação em Barcarena; o advogado Mário Hesket, constituído por várias comunidades para ingressar na Justiça pelo ressarcimento aos moradores; e mais duas lideranças comunitárias: Petronilo Progênio Alves, presidente do Grupo de Trabalho das Comunidades de Barcarena para Danos Ambientais na Bacia Hidrográfica no Rio Pará; e Valter dos Santos Freitas, presidente da Associação dos Moradores da Comunidade Quilombola Gibriê Lourenço. Eles tiveram suas oitivas adiadas porque os depoimentos de dois diretores da Hydro Alunorte, Carlos Neves, diretor presidente; e Anderson Baranov, vice-presidente de Relações Institucionais, no último dia (15), tiveram duração superior a três horas. 

Ilha do Capim também é atingida 

Estão marcados também para segunda-feira (21) os primeiros depoimentos de não moradores de Barcarena. São três lideranças comunitárias e moradores da Ilha do Capim, localizada em Abaetetuba, a quase 14 km da área industrial. Prestarão depoimento para os deputados o engenheiro agrônomo Huelinton Azevedo, Carlos Alberto Pereira e José de Jesus Pinheiro.

No dia 24 de abril, estas lideranças entregaram uma carta ao deputado Neil, presidente da CPI, detalhando os prejuízos e os impactos que os pescadores da ilha estão sofrendo devido a contaminação do Rio Pará.

“Há alguns anos, temos percebido que a água, nossa fonte de vida, tem trazido problemas desconhecidos, bem como o nosso fruto passou a secar nas árvores e o peixe tornou-se escasso”, dizem as comunidades, no documento em que pedem aos deputados que sejam ouvidos durante a CPI.

Habitada a cerca de 200 anos, a Ilha do Capim possui cerca de 138 famílias e 690 habitantes. O requerimento com o pedido de convocação é do deputado estadual Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Alepa. Na terça-feira (22), mais três lideranças comunitárias e sindical serão ouvidas pela CPI.


Contradições 

Para o deputado Bordalo, já existem elementos suficientes que demonstram a preocupante situação de contaminação em grande parte do município de Barcarena, atingindo entre 10 mil e 15 mil pessoas. “A origem desta contaminação é que está sendo apurada pela CPI. Quem são os responsáveis?”, questiona o parlamentar. 

A Hydro Alunorte continua negando qualquer evidência de transbordamento ou dano ao meio ambiente. No último dia 9, a acareação que seria feita entre técnicos do Instituto Evandro Chagas, da Universidade Federal do Pará e da empresa SGW, contratada pela Hydro, foi cancelada porque a mineradora dispensou a empresa minutos antes do início da sessão.  

(Com informações e fotos de Carlos Boução/ Assessoria Comunicação Alepa) 

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