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Mulher doente é espancada e o governo do estado não sabe como agir

A barbárie praticada contra mulher doente no Ver-O-Peso, anteontem e gravada pelo produtor cultural Piu Gibson, ganhou a internet e virou manchete nacional.


Mas é no facebook da feiciana Josie Pereira Mota que os comentários estão bem vigorosos e atualíssimos, inclusive mostrando o despreparo e a ignorância do governo do Estado sobre como acolher e tratar os doentes mentais.



Confira:

E nossa imprensa ainda teve a cara de pau de registrar em reportagem: SESPA declarou que é proibido por lei trabalhar a idéia das residências terapêuticas.Ó Pai perdoai, eles não sabem o que fazem mesmo nesse governo Jatene de 1/2. Sequer o representante do MP tem conhecimento de causa e ratificou que no Pará ainda não temos nenhuma residência Terapêutica. Esse mesmo que tá perdido em divagações e devaneios. Que vergonha nacional, aliás mais uma do governo Jatene, né?

Verdade, Márcio Maués. Residências terapêuticas são dispositivos recomendados pela política nacional de saúde mental, sendo que, inclusive, desde 2009, na Marambaia, no âmbito da 1ª regional de proteção social já existe a primeira residência terapêutica da região norte, protegendo e amparando egressos do CIASPA, que retornaram, mesmo que tardiamente a vida social Você sabe porque foi peça fundamental para que tudo isto acontecesse no governo da Ana Júlia.
  • Carlos Amorim

    Meninas, aquilo que se diz telejornal JL 2 vomitou, esta noite, a desculpa do Governo do Estado do Pará – que a legislação bras. proibe a criação de casas terapêuticas – sem ir sequer no google para ver a legislação brasileira, as recomendações e documentos da política antimanicomial e muito menos as experiências de Santos (SP), baseadas na experiência de Trieste (Itália). O mesmo “telejornal” aliás tb apresenta os argumentos municipais: SESMA contra FUNPAPA. Dá até vontade de paradiar o Amazonino (rsrsrs).

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    Leia a  notícia no Diário do Pará:

    Seguranças espancam mulher que pedia comida

    As imagens registradas através de um telefone celular pelo produtor cultural Piu Gibson, mostrando o covarde espancamento de uma mulher portadora de distúrbios mentais por dois seguranças particulares da feira do Ver-o-Peso, chocaram a população paraense. A vítima, identificada apenas como Ruth, foi espancada com chutes e golpes de cassetete pelos seguranças por pedir comida aos frequentadores das barracas de alimentação.

    As imagens feitas na tarde de terça-feira (6) revelam não somente um retrato de cenas de pura selvageria, mas o despreparo da maioria das pessoas em lidar com portadores de doenças mentais. Piu Gibson garante que no momento da agressão Ruth não estava agressiva.

    “Eu estava passando pelo local e vi a discussão. Eu vi quando ele deu um soco nela e ela caiu. No mesmo instante lembrei de ligar o celular para filmar, pois sabia que aquilo iria render. Dei a volta e comecei a filmar. Ele chutou a mulher porque ela conseguiu segurar o cassetete. Pessoas também gritaram para que eles não a agredissem”, relembra Gibson.

    Ao perceberem que Gibson estava filmando a sequência de agressões contra Ruth, os seguranças abordaram o produtor cultural e exigiram que ele apagasse as imagens registradas. “Só que eu falei que comigo a coisa era diferente. Um deles ainda disse: ‘Apaga logo isso!’. Não dei conversa e fui embora logo porque poderia perder as imagens e ser agredido”, conta.

    Ruth é conhecida na área da feira, tanto pelos feirantes e barraqueiros quanto pelos policiais que atuam na área. A vítima é moradora de rua e perambula pelo mercado, na área da feira e entre as barracas de alimentos pedindo ajuda e alimentos para os próprios feirantes e clientes.

    SEM COMUNICAÇÃO

    Uma policial militar do Posto Tiradentes, do Mercado do Ver-o-Peso, mas que preferiu não se identificar, disse que nada foi comunicado aos policiais sobre o espancamento sofrido por Ruth. “Soubemos apenas pela televisão”, comentou. “Ela anda por aí e é muito agressiva. As pessoas dão roupas, depois ela rasga tudo. Quando ocorrem essas crises nós ligamos para os bombeiros que a levam para o Hospital das Clínicas e uns dois dias depois ela está de volta. Ela é agressiva, mas nada justifica isso que fizeram”.

    Ruth protagonizou no dia 22 de agosto um fato que culminou em um trágico atropelamento. Na noite deste dia, Ruth perambulava pela área e teria exibido os órgãos sexuais para um homem identificado como “Bragança”. Este, ao vê-la, e aparentemente embriagado, passou a persegui-la. Correndo em zigue-zague pelo meio da avenida Portugal, “Bragança” acabou sendo atropelado e morreu no local.

    Na tarde de ontem, durante a reportagem que a equipe do DIÁRIO realizava na feira e na área das barracas de alimentação, uma situação com morador de rua foi flagrada pela equipe. Um rapaz que também mora na área da feira e que apresenta um quadro de autismo estava sendo abordado por um dos seguranças particulares contratados pelos próprios feirantes.

    ABORDAGEM

    Deitado no meio da calçada por onde as pessoas passavam, o rapaz, trajando apenas um short, era convencido por um segurança a levantar-se e deixar o local. Mas, alertados pela presença de jornalistas no local, a abordagem era respeitosa. Mãos para trás, sem tocar o jovem, o segurança, em vão, tentava convencer o homem a se levantar. “Ele também mora por aqui. Mas não mexe com ninguém. Só fica às vezes pedindo por aí”, disse um vendedor ambulante que passava pelo local. Até a saída da equipe o jovem permaneceu sentado na calçada, alheio aos apelos do segurança.

    Feirantes, mesmo receosos, revelaram que os seguranças envolvidos na agressão a Ruth são contratados por eles para fazer a segurança no local. Mas ninguém soube dizer se as pessoas contratadas têm algum tipo de formação profissional na área de segurança privada. “A polícia passa por aqui, mas não pode ficar parada num só local. Às vezes tem esses pivetes que ficam por aqui, depois que a polícia passa eles voltam. Com os seguranças melhorou bastante”, argumentou um dos vendedores de alimentos, mas que preferiu não se identificar. (Diário do Pará)

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