A chacina que resultou na morte de 11 pessoas no mês de novembro, em Belém, voltou a ser motivo de protesto. Dessa vez as mães das vítimas realizaram uma passeata nas ruas centrais da cidade para chamar a atenção do Ministério Público quanto a celeridade nas investigações.
Os crimes aconteceram em cinco bairros de Belém, nos dias 4 e 5 de novembro de 1014. De acordo com a polícia, um grupo de seis delegados investiga a série de assassinatos. As investigações ocorrem em segredo de justiça e até o momento os responsáveis pela morte do policial Antônio Marcos da Silva Figueiredo, o “Pety”, que foi morto ao chegar em casa no bairro do Guamá e as demais vítimas ainda não foram identificados e punidos.
No manifesto, as mães querem saber do Ministério Público em que pé estão as investigações e uma resposta sobre a demora na conclusão do inquérito. O MP agendou um encontro com as lideranças do movimento para a semana que vem.
A chacina motivou a criação da CPI da Milícia, já concluída, e que identificou a guerra do terror por grupos rivais do tráfico de droga do Guamá e Terra Firme e que em novembro culminou com o assassinato de jovens inocentes. A presença de policiais nesses grupos reforça a preocupação da sociedade com relação a violência crescente em nosso estado.
No relatório final, a CPI sugeriu às autoridades judiciais e de segurança pública 60 indiciamentos de pessoas ligadas as miliciais na Região Metropolitana de Belém, Marabá, Igarapé-Miri e outros municípios. A CPI concluiu os trabalhos, mas, vamos continuar na luta. No caso específico da chacina, vamos engrossar a voz das mães desses jovens assassinados.