A CPI da milícia, instalada pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará, promove hoje, na sala dos ex-presidentes, um Seminário de Nivelamento Teórico e Programático, para democratizar a discussão sobre a definição do marco teórico a ser trabalhado pela Comissão no processo de investigação e apuração da existência e atuação de Grupos de Extermínio e Milícias no Estado.
A comissão foi instalada após as mortes de dez pessoas, ocorridas depois do assassinato do ex-Cabo da RotamPety , em bairros periféricos de Belém, em áreas da Terra Firme, Guamá, Jurunas, Canudos, e Marco, ocorridos entre a noite do dia 04 e a madrugada do dia 05 de outubro deste ano.
O seminário vai ouvir especialistas, pesquisadores e autoridades públicas sobre o assunto e tentar incorporar do ponto de vista teórico como esse processo pode ser deflagrado tendo por base os mecanismos institucionais.
A CPI terá que produzir um relatório até o final de janeiro, quando encerra oficialmente o período legislativo. Os novos deputados da próxima legislatura serão investidos nos cargos no primeiro dia de fevereiro de 2015.
Nesta primeira semana de atuação da CPI, houve reuniões com autoridades da segurança pública do Estado e com professores, que detém pesquisas acadêmicas sobre o assunto – milícias e grupos de extermínio – recolhendo informações e solicitando as peças dos autos dos procedimentos policiais e judiciais realizados.
Os deputados, no processo investigativo, irão acessar informações, ainda das operações: ‘Falso Patuá’, ‘Navalha da Carne’, ‘Katrina’, e outros eventos apurados. ‘Falso Patuá’, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), em relação a atuação de Grupo de Extermínio no Baixo Tocantins com envolvimento do prefeito de Igarapé Miri, Ailson Amaral, vulgo Pé de Boto.
(Diário do Pará com informações da Alepa) http://migre.me/nOiBs