Mais de trezentas pessoas,
entre agricultores, comerciantes, profissionais liberais e população em geral lotaram,
ontem, 30.07, o Salão Paroquial da Igreja de São Pedro, no município de Concórdia do Pará, nordeste do estado,
para participar de audiência pública, promovida pela Comissão de Direitos Humanos
da Assembleia Legislativa do Pará – Alepa (CDHDC).
entre agricultores, comerciantes, profissionais liberais e população em geral lotaram,
ontem, 30.07, o Salão Paroquial da Igreja de São Pedro, no município de Concórdia do Pará, nordeste do estado,
para participar de audiência pública, promovida pela Comissão de Direitos Humanos
da Assembleia Legislativa do Pará – Alepa (CDHDC).
O encontro, que contou com a
presença dos delgados de polícia Domingos Sávio e Silvia Rêgo; além dos
deputados Edmilson Rodrigues (PSOL), Nilma Lima (PMDB) e Carlos Bordalo (PT),
presidente da CDHC, discutiu possíveis abusos cometidos por policiais civis e
militares durante os protestos ocorridos no município, no início de junho, em decorrência
da operação ‘Hypnos’, ação em conjunto da Secretaria de Segurança Pública do Estado,
em parceria com o Detran estadual, entre outros órgãos, que tinha como objetivo
coibir diversas irregularidades, mas que culminou na depredação de prédios públicos
da cidade e prisões de vereadores. Moradores denunciaram que tiveram suas
motocicletas apreendidas e que, para terem seus veículos liberados, foram vítimas
de extorsão.
presença dos delgados de polícia Domingos Sávio e Silvia Rêgo; além dos
deputados Edmilson Rodrigues (PSOL), Nilma Lima (PMDB) e Carlos Bordalo (PT),
presidente da CDHC, discutiu possíveis abusos cometidos por policiais civis e
militares durante os protestos ocorridos no município, no início de junho, em decorrência
da operação ‘Hypnos’, ação em conjunto da Secretaria de Segurança Pública do Estado,
em parceria com o Detran estadual, entre outros órgãos, que tinha como objetivo
coibir diversas irregularidades, mas que culminou na depredação de prédios públicos
da cidade e prisões de vereadores. Moradores denunciaram que tiveram suas
motocicletas apreendidas e que, para terem seus veículos liberados, foram vítimas
de extorsão.
Representantes de rádio comunitária,
mães e familiares, que tiveram seus filhos presos, além das esposas dos
vereadores da cidade, que estão com prisão preventiva decretada, também
participaram da audiência.
mães e familiares, que tiveram seus filhos presos, além das esposas dos
vereadores da cidade, que estão com prisão preventiva decretada, também
participaram da audiência.
Eliete Brito, moradora do município,
denunciou que teve sua casa invadida por policiais e pela delegada que se dizia
ser do município de Santa Maria, e estavam à procura de seu filho. “Eles reviraram
toda minha casa com arma em punho, jogaram roupas no chão, sem se preocupar com
crianças que presenciaram o fato. Depois tiraram meu filho à força da rede e o
levaram preso, sem nenhum mandato de prisão”.
denunciou que teve sua casa invadida por policiais e pela delegada que se dizia
ser do município de Santa Maria, e estavam à procura de seu filho. “Eles reviraram
toda minha casa com arma em punho, jogaram roupas no chão, sem se preocupar com
crianças que presenciaram o fato. Depois tiraram meu filho à força da rede e o
levaram preso, sem nenhum mandato de prisão”.
Assim como Eliete, as moradoras
Osmarina Rodrigues e Maria Elza também tiveram seus filhos presos, sem nenhuma
prova apresentada. “Dói no coração ver um filho sendo preso sem provas, espero
que seja feita justiça”, cobrou Osmarina.
Osmarina Rodrigues e Maria Elza também tiveram seus filhos presos, sem nenhuma
prova apresentada. “Dói no coração ver um filho sendo preso sem provas, espero
que seja feita justiça”, cobrou Osmarina.
Já Juarez Pinto, diretor de
uma rádio comunitária local, conta que o ano passado vereadores aliados ao
prefeito Antônio do Nascimento Guimarães, do PSDB, além do próprio gestor municipal
e seu filho, ameaçaram tocar fogo na rádio. Como se não bastasse, em uma outra
ação, teve o local invadido por policiais militares, onde foram confiscados equipamentos,
incluindo o retransmissor, sem ordem judicial ou qualquer documentação formal.
Ele acredita que a perseguição à rádio seja por conta das críticas feitas no
veículo, contra a atual administração do município.
uma rádio comunitária local, conta que o ano passado vereadores aliados ao
prefeito Antônio do Nascimento Guimarães, do PSDB, além do próprio gestor municipal
e seu filho, ameaçaram tocar fogo na rádio. Como se não bastasse, em uma outra
ação, teve o local invadido por policiais militares, onde foram confiscados equipamentos,
incluindo o retransmissor, sem ordem judicial ou qualquer documentação formal.
Ele acredita que a perseguição à rádio seja por conta das críticas feitas no
veículo, contra a atual administração do município.
Segundo a delegada Silvia
Rego, que representou o secretário de segurança no evento, todos os fatos
envolvendo os policiais já estão sendo apurados e, caso sejam comprovados os
abusos, os servidores serão punidos com medidas disciplinares. “Não
compactuamos com este tipo de atitude. Policial que pede propina também é
bandido”, desabafou.
Rego, que representou o secretário de segurança no evento, todos os fatos
envolvendo os policiais já estão sendo apurados e, caso sejam comprovados os
abusos, os servidores serão punidos com medidas disciplinares. “Não
compactuamos com este tipo de atitude. Policial que pede propina também é
bandido”, desabafou.
O deputado Carlos Bordalo
informou que, em agosto, finalizará o relatório com as denúncias dos moradores apresentadas
na audiência e apresentará o documento às autoridades competentes para que
medidas urgentes sejam tomadas e se faça justiça. “Estaremos acompanhando de
perto este caso. “É inadmissível que em plena democracia o trabalho de parlamentares,
que foram escolhidos pelo povo, seja cerceado”.
informou que, em agosto, finalizará o relatório com as denúncias dos moradores apresentadas
na audiência e apresentará o documento às autoridades competentes para que
medidas urgentes sejam tomadas e se faça justiça. “Estaremos acompanhando de
perto este caso. “É inadmissível que em plena democracia o trabalho de parlamentares,
que foram escolhidos pelo povo, seja cerceado”.
APÓS
AÇÕES DA POLÍCIA, COMÉRCIO ESTÁ À MINGUA
AÇÕES DA POLÍCIA, COMÉRCIO ESTÁ À MINGUA
De acordo com o presidente
da Associação Comercial de Concórdia do Pará, Ewerton Marques, após as ações da
polícia e a revolta da população na cidade, o movimento no comércio caiu cerca
de 40%.
da Associação Comercial de Concórdia do Pará, Ewerton Marques, após as ações da
polícia e a revolta da população na cidade, o movimento no comércio caiu cerca
de 40%.
“Estávamos próximo a uma
festividade e esperávamos lucrar bastante, mas, devido a toda essa confusão, a
cidade acabou ficando vazia e o dinheiro deixou de circular. Muitos comerciantes
não estão conseguindo pagar suas contas e estão fechando as portas”, conta
Marques.
festividade e esperávamos lucrar bastante, mas, devido a toda essa confusão, a
cidade acabou ficando vazia e o dinheiro deixou de circular. Muitos comerciantes
não estão conseguindo pagar suas contas e estão fechando as portas”, conta
Marques.