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Comissão de Direitos Humanos participou de Audiência Pública que discutiu o fenômeno Meninos do Trem.

Shirle Meira

O Ministério
Público do Pará (MMPA) promoveu essa semana, em Marabá, no sudeste do estado, uma
audiência pública para discutir a situação de crianças e adolescentes que
embarcam de forma clandestina nos trens que transportam minérios entre os
estados do Pará e do Maranhão.


O fenômeno é
conhecido como “Meninos do Trem. É um problema grave, porque existem os
riscos inerentes à própria viagem, os riscos de lesão, risco de acidentes,
risco de morte, e ainda a situação de vulnerabilidade 
que eles ficam expostos
no destino.

A Vale apresentou o plano que prevê medidas de segurança para acabar com o acesso
clandestino aos trens, além de ações ao longo da ferrovia. 

Entretanto, o plano da Vale deixou muito a desejar e sofreu severas
criticas, tanto do consultor canadense James Bertrand, perito contratado pelo
Ministério Público do Maranhão e extremamente experiente em ferrovias,
quanto das organizações presentes.


O canadense apresentou relatório sobre o assunto,
sublinhando os pontos mais delicados de vulnerabilidade. James Bertrand ressaltou
a má vontade da Vale em não facilitar o acesso a documentos e relatórios que
pudessem embasar a sua investigação. Em alguns trechos do documento da Vale ele
não encontra indicadores sobre acidentes e atropelamentos na EFC. O canadense
enfatizou ainda que a empresa não menciona que a mineradora se desobriga em
financiar o deslocamento das crianças e adolescentes para os locais de origem.

A Comissão de Direitos Humanos da Alepa, da
qual sou presidente, participou da audiência pública, através da assessora
Shirle Meira, e se comprometeu em acompanhar o trabalho dos vários atores
sociais envolvidos no enfrentamento do problema
.

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