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Comissão de Direitos Humanos intermedia ações em defesa de hansenianos

Uma reunião de
trabalho realizada na Assembleia Legislativa do Pará, discute e intermedia
ações em defesa dos hansenianos das Colônias de Marituba e da Vila do Prata, em
Igarapé-Açú. 

Eles denunciaram à Comissão de Direitos Humanos da Alepa, da qual
sou presidente, as péssimas condições em que vivem nas colônias, motivadas por,
segundo eles, falta de apoio do governo do Estado. As Unidades são vinculadas a
Secretária Estadual de Saúde-SESPA e ao 1º Centro Regional de Saúde.

A reunião contou
com a presença de representantes das colônias e da Sespa, além da Prefeita de
Igarapé-Açú, Sandra Uesugi e do vereador Chapeta. O objetivo foi intermediar o
debate para encontrar soluções para os problemas denunciados.

A CDH foi
provocada pelos hansenianos e, num primeiro momento, enviou técnicos para
diligências nas colônias para fazer um diagnóstico da situação. O relatório das
visitas foi apresentado na reunião desta terça, na Alepa.

Sobre Marituba, o
relatório diz que, apesar de apresentar uma infraestrutura boa para a realidade
do serviço público, há pelo menos 10 meses, aproximadamente, a direção do
abrigo vem enfrentando sérios problemas para conseguir administrar a
instituição em função da falta de equipamentos, medicamentos e insumos básicos
que impactam diretamente na qualidade e na eficácia do atendimento.

Faltam profissionais
como Geriatra, Fonoaudiólogos, Fisioterapeuta, Técnicos de Enfermagem e Artes.
Os pacientes também enfrentam problemas no abastecimento de alimentos.

A situação da
Colônia do Prata, em Igarapé-Açú,  não é
diferente, segundo o relatório da CDH. Os problemas mais graves identificados
na Colônia, além da assistência a saúde aos acometidos pela hanseníase, diz
respeito à precariedade das politicas públicas de um modo geral, destinada aos quatro
mil habitantes do local e das comunidades rurais. Há graves problemas nas áreas
de saneamento, segurança pública, assistência social e saúde.


Na área de
saneamento talvez esteja um dos problemas mais sérios, considerando que não há tratamento
adequado da água distribuída à população, tornando-a imprópria para o consumo.
A água é “amarela” e “suja”.

O relatório foi
apresentado à Sespa, representada na reunião por técnicos e pelo Assessor
Especial Hélio Franco, que reconheceu os problemas que, segundo ele, são motivados pela falta de
recursos e dificuldades das licitações.



A reunião foi um
grande avanço, pelo poder de intermediação da CDH, que vai acompanhar
permanentemente as soluções dos problemas. Ficou marcada uma reunião técnica
entre a Sespa e a direção das colônias para a próxima segunda-feira. A
Secretaria de Saúde prometeu dar uma resposta a todas as questões levantadas.

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