A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor-CDHDC, da Assembleia Legislativa do Pará, da qual sou presidente, fez uma visita no complexo Ver-o-Peso nesta sexta-feira, atendendo pedido das Associações e Comissões de feirantes. Reunimos com os feirantes, ouvimos seus líderes e constatamos a preocupação de todos quanto ao projeto de reforma do complexo, anunciado pela prefeitura de Belém e Governo do Estado. Os trabalhadores querem ver o projeto e participar das discussões.
Vamos protocolar, na próxima semana, um requerimento para votação, em regime de urgência, do pedido de uma Sessão Especial para intermediar o diálogo dos feirantes com os órgãos responsáveis pela elaboração e execução do Projeto de revitalização da feira, visando garantir a efetiva participação dos trabalhadores e a transparência na aplicação dos recursos do erário estadual.
O alto volume de recursos destinados a esta
obra, originários de convênios realizados entre a Prefeitura e o Governo do Estado do Pará, tem sido objeto de constante questionamento, tanto dos meios de comunicação, como dos feirantes.
Apesar dos vultosos investimentos nesta obra, não foram inclusos no projeto a revitalização de espaços fundamentais do Complexo, como a Pedra do Peixe e a feira do Açaí.
Há necessidade também de esclarecimento sobre quais medidas serão adotadas para o remanejamento dos feirantes durante a execução do projeto, para que suas atividades não sofram solução de continuidade, evitando assim o clima atual de insegurança instalado na feira.
Não somos contra a reforma do Ver-o-Peso. Muito pelo contrário, todos nós queremos
ver a feira organizada, com os feirantes ordenados para trabalhar com tranquilidade e vendendo bem. É para isso que estamos participando do processo como coadjuvantes, auxiliando, ajudando para que essa obra saia, para que o nosso cartão postal seja dignificado e, pra tanto, é preciso dignificar os feirantes do Ver-o-Peso.