Bordalo manifesta repúdio ao assassinato de Marielle Franco

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O deputado estadual Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará, manifestou nesta terça-feira (20), na tribuna da Alepa, votos de pesar e indignação pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido no último dia 14, no Rio de Janeiro. Para o parlamentar paraense, as execuções não deixam mais dúvidas de que o país ultrapassou uma linha imaginária rumo ao abismo da violência, do descontrole do Estado e da fragilidade da democracia brasileira. 

Bordalo ressaltou que os assassinatos geraram comoção nacional e internacional, com enorme repercussão na imprensa e dezenas de vigílias e manifestações não somente no Brasil, mas em diversos países, como Chile, Argentina, EUA, França e Portugal, onde foram organizados eventos para lembrar a trajetória da parlamentar e protestar contra o término abrupto da sua vida. Grandes veículos da imprensa estrangeira, como os jornais El País, The Guardian, Le Figaro e Washington Post, destacaram Marielle por sua atuação crítica contra a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, que ocorre desde meados de fevereiro. 

“Toda essa comoção e a repercussão do assassinato da Marielle se devem ao exemplo de coragem da jovem negra, nascida e criada na Favela da Maré, militante das causas sociais, que se mostrou incansável ao denunciar todas as formas de violência contra as mulheres, os negros e pobres do seu Estado e do nosso país. Marielle fazia duras críticas à intervenção militar no Rio de Janeiro e denunciava os abusos da polícia, tendo sido nomeada para a Comissão da Câmara de Vereadores que acompanharia a Intervenção no Rio”, observou. 

Para o deputado Bordalo, Marielle foi uma sobrevivente num cenário em que sua própria trajetória de vida tinha grandes chances de dar errado e tornou-se referência para muitos segmentos da sociedade. E comentou a reação fascista nas redes sociais após o assassinato da vereadora. 

“Em que pese todo o respeito de grande parte da imprensa nacional e internacional, de famosos, intelectuais, pessoas anônimas e de tanta gente que acompanhou de perto a caminhada de Marielle, setores mais reacionários da sociedade, ligados ao pensamento da extrema direita, tentam assassinar Marielle pela segunda vez. Espalham mentiras e calúnias na internet por meio de fake news, de forma deliberada e criminosa, sobre a vida pessoal e profissional da vereadora, revelando o mau caratismo de quem planta este tipo de notícias falsas”, criticou, lembrando que o deputado Alberto Fraga, do Distrito Federal, e a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, foram dois grandes propagadores de notícias falsas para manchar a honra de Marielle. 

A magistrada acusou a vereadora de estar “engajada com bandidos” e ter sido eleita com ajuda da facção criminosa Comando Vermelho. Já o deputado Alberto Fraga, seguindo a mesma linha, publicou que a vereadora era ex-mulher de traficante, “usuária de maconha”, “defensora de facção criminosa” e que foi eleita pela organização criminosa Comando Vermelho. Ele também acusou a moça de ter engravidado aos 16 anos, como se isso fosse crime – caso fosse verdade.

O alcance desta espécie de discurso de ódio, que termina por não ficar restrito a atingir os direitos fundamentais de indivíduos, mas de grupos sociais, ganha relevância se proferido por pessoas públicas, e é agravado se abraçado por pessoas que têm a obrigação de resguardar e cumprir o direito, como é o caso de magistrados. Sendo assim, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) entrou com representação no CNJ contra a desembargadora Marília Castro Neves, do TJ-RJ. 

“Assistimos a uma brutal descarga de ódio, racismo e preconceito. As pessoas estão tentando justificar uma morte injustificável. A campanha sistemática de ódio e irracionalidade plantada pela mídia ao longo desses últimos anos tem levado pessoas comuns, antes incapazes de fazer mal a quem quer que seja, achar natural – e necessária – a morte de um ser humano. A mídia conseguiu naturalizar o ódio no Brasil. O assassinato de Marielle é também um recado dos fascistas para toda a esquerda. Ao executar Marielle, querem matar tudo que ela representa. Não é difícil constatar que a doença social pregada pela mídia poderá resultar em insanidades muito maiores do que discursos de ódio nas redes sociais”, alertou o parlamentar, que defende a punição exemplar de todos os culpados: assassinos, mandantes do crime e também todos que tiverem cometido difamação e calúnia contra a memória de Marielle. 

Nesta terça-feira (20), serão realizados atos em diversas cidades brasileiras exigindo Justiça para o caso. Em Belém, haverá duas programações: “Ato Pela Vida das Mulheres Negras”, às 17h, com concentração na Praça da República; e  “Marielle Vive”, às 18h, no Centro Arquitetônico de Nazaré (CAN). 

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