fbpx

Bordalo denuncia ameaças de morte


O deputado estadual Carlos
Bordalo (PT) denunciou que está sendo ameaçado de morte. O parlamentar é
presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia
Legislativa do Estado do Pará (Alepa) e foi relator da Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI) das Milícias, concluída em janeiro de 2015. O parlamentar
paraense fez a denúncia durante um pronunciamento, na manhã desta quarta-feira
(05/04), na tribuna do parlamento. Segundo o deputado, as ameaças também são
direcionadas aos seus filhos e pessoas mais próximas.
“Recebi ameaças de morte na
época em que fui relator da CPI das Milícias, mas depois de um tempo elas
pararam de ser feitas. No entanto, mais recentemente, voltamos a receber esses
recados, durante o período do julgamento de comandantes de milícias da chacina
ocorrida no Guamá (em novembro de 2014) e que foram apontados no relatório da
CPI das Milícias. Recentemente, uma pessoa foi até o meu gabinete, dizendo que
teve acesso a informações de reuniões desses grupos em Belém, que decretaram a
minha morte, e que se não me matarem, vão matar filhos, namorada e quem estiver
ao meu redor”, denunciou o deputado Carlos Bordalo, na tribuna do plenário
Newton Miranda.
O parlamentar acredita que o
Governo do Estado do Pará deve tomar providências para conter a crescente
violência no Estado. “As denúncias são reveladoras do estado de descontrole que
chegamos na segurança pública, do poder desses grupos de extermínio e de
milícias no Pará. Grupos que perderam completamente o respeito pela autoridade,
porque quando lançam uma ameaça destas a um parlamentar, no exercício do
mandato, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Poder Legislativo, é um
recado claro de que não respeitam mais ninguém: nem polícia, nem Justiça. O
Estado precisa tomar uma providência imediata, não só para proteger a vida do
deputado, mas é preciso um esforço para proteger a vida da sociedade”, avaliou
o parlamentar.
O cabo Antônio Figueiredo tinha
43 anos quando foi morto no bairro do Guamá, em Belém, no dia 4 de novembro de
2014. Na época do crime, ele estava afastado da corporação. Em decorrência da
morte do policial, outras dez pessoas foram assassinadas em cinco bairros de
Belém, durante a noite e a madrugada do dia 5. A décima vítima foi Allesson
Carvalho, de 37 anos. A polícia prendeu sete pessoas, quatro acusadas de
participar da chacina e as demais teriam envolvimento na morte do cabo da
Polícia Militar. A Promotoria de Justiça Militar indiciou 14 PMs por
participação na chacina. A corporação abriu investigação contra nove policiais.
Os processos não foram concluídos.
O caso resultou na instalação
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, em 2014, a partir de
requerimento do então deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), atualmente
deputado federal, na qual o deputado Carlos Bordalo (PT) foi o relator. No dia
21 de março deste ano, o Tribunal do Júri da 3ª Vara Criminal de Belém
sentenciou o ex-policial militar Otacílio José Queiroz Gonçalves a 29 anos de reclusão
por milícia privada e pelo assassinato o adolescente Eduardo Galúcio Chaves, de
16 anos, uma das vítimas da série de assassinatos ocorrida em vários bairros da
capital, em novembro de 2014, após a morte do cabo Antônio
Figueiredo. José Augusto da Silva Costa, o Zé da Moto, foi condenado a 15
anos de reclusão por homicídio qualificado e pelo assassinato de Nadson
Roberto da Costa Araújo.
(com informações da Assessoria de Comunicação da Assembleia
Legislativa do Pará)  

Redes Sociais

Veja Mais

Rolar para cima