Foto: Reprodução Diário do Pará
O deputado estadual Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), manifestou nesta terça-feira (13), na tribuna do parlamento paraense, votos de pesar à Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (CAINQUIAMA), localizada em Barcarena, pelo assassinato do tesoureiro da entidade, Paulo Sérgio Almeida Nascimento, na última segunda-feira (12).
Bordalo também pediu à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e à Delegacia de Barcarena celeridade no processo de investigação para esclarecer o assassinato, com a punição dos culpados no rigor da Lei. O pedido foi encaminhado também à Câmara dos Vereadores de Barcarena, Ministério Público do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH).
“A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará se solidariza e se junta à luta por justiça da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (CAINQUIAMA), que perdeu seu diretor nesta segunda-feira, dia 12, brutalmente assassinado no município de Barcarena. A violência no Estado do Pará se tornou uma epidemia. Ninguém se sente e nem está seguro neste Estado, não importa se na cidade ou na zona rural”, declarou o parlamentar.
Paulo Sérgio era líder atuante e engajado nas causas coletivas de Barcarena. Era um dos porta-vozes da comunidade e por muitas vezes cobrou da Prefeitura informações sobre a autorização da mineradora Hydro para a construção das bacias de rejeito. “Sua maior preocupação era com os impactos ambientais e sociais resultantes da atuação da empresa em seu município”, lembrou o deputado.
De acordo com o Ministério Público do Estado, os representantes da associação vinham sofrendo ameaças de policiais. O Promotor de Justiça Militar Armando Brasil protocolou, em janeiro de 2018, um pedido à Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup), solicitando proteção aos membros da associação que estariam sendo ameaçados e perseguidos, mas o pedido foi negado pelo então Secretário de Segurança Pública (Segup).
“Líder atuante, Paulo Sérgio tinha uma longa história de luta pelos direitos dos caboclos, indígenas e quilombolas no Pará e, certamente, sua morte é uma grande perda para a comunidade do município de Barcarena e para o Pará”, destacou.