SAÚDE

Bordalo solicita PL que trata sobre cirurgias para as vitimas de escalpelamento no Pará

O pedido feito diretamente ao Poder Executivo propõe apreciação na Casa Legislativa sobre um projeto que garante assistência em saúde às vítimas

De autoria do deputado Bordalo (PT) o Projeto de Indicação (PI), apresentado nesta terça-feira (29), à mesa diretora da Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), o qual solicita o Projeto de Lei que dispõe sobre a realização de cirurgias reparadoras e reconstrutivas gratuitas às vítimas de escalpelamento no Pará.

A proposição foi direcionada ao Poder Executivo para que o PL seja encaminhado para apreciação na Casa Legislativa, tendo em vista a gravidade do assunto, assim como a importância da assistência social às vítimas de acidentes trágicos como esse.

O escalpelamento consiste na remoção do couro cabeludo humano, seja de forma acidental ou intencional. Um acontecimento trágico que é observado com bastante frequência entre a população que vive nas regiões ribeirinhas da amazônia paraense. Esse acidente acontece devido ao contato dos cabelos das vítimas com o eixo do motor da embarcação, que gira em alta velocidade e geralmente fica exposto no centro da embarcação. Esse contato gera uma significativa força de tração nos cabelos, resultando não somente em um risco de vida devido à hemorragia, mas também em uma perda irreversível do couro cabeludo.

Bordalo aponta números dos acidentes no Pará

No ano de 2019, no estado do Pará, houve um aumento significativo nos incidentes desse tipo de acidente ocorridos em nossos rios, os quais têm o potencial de resultar em fatalidades. Comparativamente ao ano de 2018, os registros de casos de escalpelamento quase dobraram. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa), foram registrados 12 casos de escalpelamento em 2019, representando um acréscimo de cinco casos em relação ao ano anterior. Entre o período de 1982 e junho de 2019, foram oficialmente documentados um total de 434 casos de escalpelamento.

No decorrer de 2022, observou-se uma redução significativa nos índices de ocorrência. A Marinha do Brasil (MB) registrou, à época, uma sequência de 160 dias livres de incidentes e uma queda de 50% nos casos ocorridos naquele ano. De janeiro a agosto de 2022, foram oficialmente registrados quatro casos de escalpelamento nos estados do Pará e Amapá, o que representa metade das ocorrências no mesmo período de 2021. Ao longo do ano anterior, foram contabilizados um total de 15 acidentes semelhantes.

Cirurgias

As cirurgias reparadoras e reconstrutivas desempenham um papel fundamental na recuperação física e psicológica das vítimas de escalpelamento. As cirurgias reparadoras e reconstrutivas visam restaurar a função e a aparência das áreas afetadas, melhorando a qualidade de vida das vítimas.

Esses procedimentos cirúrgicos geralmente são realizados em etapas, uma vez que as lesões do escalpelamento costumam ser extensas e complexas. A primeira prioridade é a estabilização do paciente e o tratamento imediato para prevenir infecções e complicações adicionais. Após essa fase, a reconstrução começa, frequentemente envolvendo várias intervenções cirúrgicas.

Bordalo enfatiza a importância vital da disseminação de informações e da disponibilização de equipamentos capazes de contribuir para a preservação da vida de várias mulheres que, anualmente, enfrentam acidentes como o escalpelamento. Tais incidentes acarretam consequências físicas e emocionais permanentes.

Prevenção

O parlamentar também destaca que, anualmente, diversos órgãos estão implementando ações com o intuito de conter o aumento dos casos de escalpelamento nas regiões ribeirinhas do Pará. Estas iniciativas englobam a realização de palestras informativas, a disponibilização gratuita de coberturas para eixos de motor, a distribuição de coletes salva-vidas e toucas de proteção capilar, bem como a ampla divulgação de panfletos educativos e diretrizes orientadoras.

Outras medidas preventivas compreendem evitar o uso de cabelos soltos próximos ao motor, assim como a utilização de redes ou assentos nessa proximidade. Recomenda-se a contenção dos cabelos e o uso de bonés ou chapéus, além de desencorajar o uso de colares ou cordões. Adicionalmente, é importante manter as crianças sempre distantes da área do eixo motor.


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Notícias sobre a atuação parlamentar do Deputado Estadual Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará.

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