Lideranças do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) estiveram na manhã desta sexta-feira (11), na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), para divulgar o 8º Encontro Nacional do MAB, que acontecerá de 1 a 5 de outubro, no Rio de Janeiro, com o tema “Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e controle popular”.
O encontro faz parte do calendário anual do MAB e será conduzido de acordo com o método do movimento: discutir, decidir, reunir, planejar e celebrar. “O intuito é avaliar, decidir e afirmar as linhas de ação para os próximos anos. Também é um momento de reflexão sobre a vida, o futuro da luta e da organização dos atingidos. No encontro, também serão discutidas diversas alternativas e soluções para os problemas dos atingidos por barragens, além de fortalecer a soberania, o controle popular e a garantia de direitos”, explica Yuri Paulino, da coordenação nacional do MAB.
O MAB é um movimento nacional de caráter popular composto por famílias atingidas direta ou indiretamente por barragens. Um dos objetivos do movimento é organizar as pessoas na luta pelos seus direitos, entendendo a água e a energia como bens essenciais ao ser humano e que, por isso, devem ser bens públicos.
O MAB surgiu na década de 1970, período em que o Estado Brasileiro investiu intensivamente no setor de geração de energia elétrica, com a construção de usinas hidrelétricas. Foi a construção de barragens que mobilizou milhares de famílias expulsas das suas casas a reagirem na busca de direitos, em especial por uma política de indenização apropriada. Hoje, o Movimento dos Atingidos por Barragens tem representação em 16 Estados do Brasil, promove encontros regionais e nacionais que contam com a participação de milhares de pessoas.
A partir da reunião, o deputado Carlos Bordalo, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Alepa, deve apoiar ações específicas do MAB na região Amazônica, como o debate sobre o licenciamento da usina de Tucuruí e os impactos desses empreendimentos entre as comunidades atingidas.
Para saber mais, acesse: http://www.mabnacional.org.br