Assentamento em Tailândia amarga isolamento

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Moradores
da comunidade Nova Palestina, no assentamento Pindorama, município de
Tailândia, foram abandonados à própria sorte. Criado pelo Decreto Estadual nº
713, de 7 de dezembro de 2007, no então governo Ana Júlia (PT), o assentamento
ainda hoje espera a construção das casas para as famílias cadastradas junto ao
Instituto de Terras do Pará (Iterpa). Segundo a comunidade, são 48 famílias
assentadas, mas somente cinco casas foram entregues.
No
último final de semana, o deputado Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão
de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, esteve no
Pindorama para ouvir as reivindicações do assentamento. A visita teve apoio do
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, do Sindicato dos Empregados
e Empregadas Rurais e da Cooperativa Agropecuária de Tailândia.
No
assentamento, boa parte dos agricultores se dedica ao plantio de dendê. Escoar
a produção é difícil devido à precariedade da estrada de terra Vicinal
Pindorama, que dá acesso ao assentamento. Com o período de chuvas, alguns
trechos se tornam intrafegáveis, deixando parte da comunidade isolada. O
assentamento é cercado pelas fazendas Pindorama III, Guarani, São Paulo,
Maracaí, Turmalina e São Pedro.
O
Pindorama possui uma pequena escola que atende 19 alunos em regime
multisseriado – ou seja, o professor trabalha com várias séries do Ensino
Fundamental numa mesma sala. Dona Maria da Conceição, 53, toma conta do espaço
há 16 anos. É ela quem prepara a merenda, limpa a escola e até capina o mato
que teima em crescer ao redor. “Mal sei assinar meu nome, mas tenho muito
orgulho desse trabalho”, diz ela, enquanto mostra o local destinado ao lanche
das crianças. No período de chuva, a escola sofre com os alagamentos e as aulas
são interrompidas.
Quem
não estuda na escolinha da comunidade precisa se deslocar até a sede do
município, uma distância de 24 km. O problema é que o ônibus escolar nem sempre
atende às crianças devido às péssimas condições da estrada. “Algumas crianças
ficam com até 50 faltas no final do ano”, lamenta o agricultor Ronaldo Santos
Souza, relatando que o filho de apenas cinco anos precisa andar até quatro
quilômetros para pegar o transporte.
Para
José Valdir, presidente da Cooperativa Agropecuária de Tailândia, o momento é
de luta. “Precisamos abrir o olho para essa série de mudanças na conjuntura
desde o impeachment da presidente Dilma. Com essa Reforma da Previdência, por
exemplo, quem trabalha na roça não chegará a se aposentar, porque vai morrer
antes”, alertou.
Para
o deputado Carlos Bordalo, a situação do Pindorama é preocupante. “Vivemos um
momento de graves retrocessos nas políticas sociais, por isso os trabalhadores,
da cidade do campo, precisam estar organizados e fortalecer seus sindicatos e
entidades de classe”, disse ele, durante o encontro com a comunidade. Nos
próximos dias, o parlamentar deve apresentar uma moção solicitando a
recuperação da estrada aos órgãos competentes. 

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Notícias sobre a atuação parlamentar do Deputado Estadual Carlos Bordalo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Pará.

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